Pular para o conteúdo principal

Crise na península Coreana: o caminho da eurásia


É importante pensar que atualmente há um tencionamento de escala importante na quadra mundial sendo desenvolvido, o caso que envolve a Coreia do Norte, Coreia do Sul, Japão, EUA e colateralmente China, Rússia e União Europeia.

Os incautos podem até pensar, loucura de um ditador ou fragmento de um comunismo que já passou. Nada disso, nem se trata de uma loucura e nem um fragmento de um comunismo. Desde 1953 do século passado que há um armistício, ou seja, uma guerra não resolvida entre a Coreia do Norte e os EUA, esse último acantonado na península sul coreana há 56 anos e a mídia burguesa não toca uma linha nessa questão, não seremos ingênuos em espera que ela agissse de maneira contrária.

O que podemos analisar é que a mídia conservadora tenta vender que a ameaça nuclear é somente uma loucura de um "ditador comunista", é uma forma de embate a experiências que se coloquem no campo do socialismo. Tentam também vender o argumento de que todos os países que não se subjugam a tratados de não-proliferação ou desenvolvimento de armas de destruição em massa são párias do direito internacional.

Por outro lado, os dententores de armamentos de destruição em massa, em particular os EUA, se colocam no direito de determinar, a partir de seu poder de dissuasão quem deve ter o direito de se proteger de suas intencionalidades guerreira ou não. Então lancemos algumas perguntas: Israel (protegido dos EUA) é considerado pária da lei pela ONU por possuir armamento nuclear não declarado? Por ter desobedecido a várias resolução desse organismo? Os EUA foram contestados por ter desenvolvidos novos armamentos nucleares táticos de baixa potência? Qual a finalidade em tempos de paz? Hipocrisia ou autodeterminação de se defender? Talvez as duas coisas?

No cenário atual, diante de uma crise econômica mundial e de viragem na geopolítica mundial, se torna ridícula a afirmação de um povo não possa se defender. Os gestos belicista dos EUA só engrossam o tom e não resolvem os problemas, pois este é o princiapal causador desse tencionamento bélico ao não assinar o acordo que mudava a categoria de armistício para acordo de paz proposto pela Coreia do Norte. Na verdade, não interessa aos EUA sair da estratégica península coreana. Há um conceito geopolítico que diz - se quiser dominar o mundo tem que dominar a eurásia - os EUA sabem muito bem disso, o jogo é bem maior do que muitos pensam.

Entenda mais sobre o assunto nos links a seguir: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=57112
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=57116

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Os desafios políticos e econômicos do segundo mandato de Dilma Rousseff

Os recentes movimentos da oposição e, juntado a isso o ajuste do capitalismo internacional decorrente da crise cíclica do capital, remete a necessidade de compreender as nuances concretas dos fatos, sob pena de ser atropelado pelo turbilhão de uma direita ainda mais conservadora e inflada como representação parlamentar no congresso nacional, tendo o consórcio midiático oposicionista a seu favor. Este é o nível da batalha ora em curso . Limites e possibilidades Um cenário adverso à continuação do ciclo de desenvolvimento saiu das urnas. O governo Dilma, nesse início de mandato, se depara com os primeiros reflexos da eleição de uma composição congressual de caráter mais conservador e de visão atrasada de país. O conservador Eduardo Cunha foi alçado à presidência da câmara federal. Trata-se da materialização da ameaça sem escaramuças as pautas sociais, bem como o trampolim de ataque a posições do governo ou, ainda, à produção de crises institucionais visando paralisar o Brasil. ...

Pretérito imperfeito

“O que é então o tempo? Se ninguém me pergunta, eu sei; se quero explicar a quem pergunta, não sei.” Santo Agostinho, Confissões Cristiano Capovilla* e Fábio Palácio**             O raciocínio em epígrafe expõe a dificuldade da razão ao tratar de um tema caro a todos nós. Vivemos no tempo, mas como conceituá-lo? Para os teólogos, nosso tempo na terra é o fundamento da condenação ou da salvação, quando do julgamento final. Para os filósofos modernos, o tempo virou história, medida das transformações sociais e políticas. Em que pesem as diferenças, ambos concordam em um ponto: o tempo é o critério de avaliação de nossas práticas.              Surge aqui uma vez mais, e sempre, o padre Antônio Vieira. Subvertendo compreensões comuns, maceradas por sua retórica dialética, o Imperador do idioma afirma ser o tempo fugaz e irreversível, algo que “não tem restituição alguma”. O uso diligen...

Começou uma nova Guerra Fria. Que alívio!

The Saker 2/4/2014,  The Saker ,  The Vineyard of the Saker “ A new Cold War has begun - let us embrace it with relief ! ” Traduzido pelo pessoal da  Vila Vudu Considerada a relativa calmaria que parece configurar-se na Ucrânia, o momento parece propício para examinar o impacto que os dramáticos desenvolvimentos naquele país tiveram sobre o cenário político interno da Rússia e o que esse impacto, por sua vez, pode significar para a (des)ordem internacional. Para isso, gostaria de começar  por um  breve resumo  de uma tese que já  mencionei antes . Preparando a parte russa do palco Primeiro, uma lista itemizada dos tópicos que já se discutiram nesse blog:   1.   Não há real oposição parlamentar na Rússia. Mas, não, não, não porque “Putin é um ditador”, nem porque “a Rússia não é uma democracia”, mas, sim, simplesmente, porque Putin manobrou brilhantemente ou para cooptar ou para cortar as garras d...