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Mostrando postagens de abril, 2011

Maranhão: antigo e novo (Artigos)

Por Ignácio Rangel Uma breve análise da trajetória histórica do Maranhão, desde os tempos do império, quando se constituía numa das suas mais ricas províncias, passando por suas atividades de decadência/ prosperidade/decadência até as novas perspectivas de tornar-se um grande Parque Industrial concentrado na siderurgia e metalurgia em geral. O Maranhão foi como é sabido, uma das províncias mais ricas do Império. Quase isolado do resto do Brasil, enquanto o principal meio de transporte foi o navio à vela, dado que a conjugação da Corrente do Brasil com o alíseo fazia com que o caminho mais curto de São Luis a Fortaleza passasse pelo mar dos Sargaços e Lisboa, vivia também uma conjuntura econômico-social sui generis. Pensava mais com a cabeça de Coimbra e de Paris, do que do Rio de Janeiro. Não por acaso, era a Atenas Brasileira. O navio a vapor viria romper esse isolamento, já que podia vencer a corrente oceânica e o vento, ambos correndo na direção geral Leste-Sudeste a Norte-Nor

O pensamento primitivo e Stalin como bode expiatório

Por Domenico Losurdo   Neste artigo Domenico Losurdo responde ao texto "O socialismo do Gulag!", escrito pelo historiador trotskista Jean-Jacques Marie como crítica do livro "Stalin - História e crítica de uma lenda negra", publicado em 2009 por Losurdo.  Jamais se poderá avaliar de modo satisfatório a sabedoria da frase atribuída a Georges Clemenceau: a guerra é uma coisa muito séria para que seja entregue aos generais! Na verdade, em seu ardente chauvinismo e anticomunismo, o primeiro-ministro francês mantinha uma consciência bastante lúcida em relação ao fato de os especialistas (neste caso, os especialistas da guerra) frequentemente serem capazes de ver as árvores, mas não a floresta, eles se deixam absorver pelos detalhes perdendo de vista o global; neste caso eles sabem tudo, menos o que é essencial. À afirmação de Clemenceau se é rapidamente levado a pensar quando se lê a crítica intransigente que Jean-Jacques Marie queria destinar a meu livro sobre Stali

Diário da guerra imperilista: a inervenção da OTAN na Líbia

  Guerra da OTAN na Líbia? MK Bhadrakumar, Indian Punchline Tradução do coletivo da Vila Vudu 72 horas depois de a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ter sido incumbida pelas potências ocidentais da tarefa de fazer valer uma zona aérea de exclusão e um embargo de armas na Líbia, a aliança deu grande salto adiante. O próprio corpo que toma decisões da própria OTAN decidiu que a própria OTAN ficará encarregada de implantar também todas as demais decisões da Resolução n. 1.973 do Conselho de Segurança da ONU sobre a Líbia [R-1973]. Declaração da OTAN, feita em Bruxelas no final desse domingo, mal disfarçava o tom triunfalista: “É passo muito significativo, que prova a capacidade da OTAN para empreender ação decisiva”. Mas tem gato na tuba. A declaração da OTAN nada diz sobre quem estaria esperando que a OTAN “provasse” alguma coisa, ou que “ação decisiva” a OTAN agora por-se-á a “empreender”. A questão, de fato, é que a OTAN afinal recebeu a chance de provar-se ela mesm