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Cuba e Fidel: a síntese dialética e seu fogo ideológico



Houve grande repercussão na mídia mundial na declaração de Fidel ao afastar-se definitivamente da presidência de Cuba. O líder cubano toma essa atitude em um momento histórico importante no contexto mundial. A mídia ideológica do capitalismo tenta passar aos incautos uma idéia de enfraquecimento da revolução.
Poucos se dão conta que desde 1962 a ilha está sob um forte bloqueio estadunidense. Esta atitude vilipendia a economia cubana e o bem estar de seu povo. Os cubanos não podem receber recursos de suas família que moram em Miami-EUA e as empresas cubanas não podem se associar a empresas que tenham de algum modo capital estadunidense, o que impede de terem acesso à tecnologia modernas que podem se implementadas e desenvolvidas na ilha.
Em sua reflexão publicada no dia 22/02/08, Fidel manifesta a necessidade de abrir fogo ideológico contra os Estados Unidos. Ao observar as eleições naquele país, verifica que todos os candidatos vaticinam a permanência do bloqueio, transparece a idéia de que quase 50 anos de embargo é pouco para a ilha na concepção dos postulantes a Casa Branca, aponta o lider cubano.
Os cubanos são resistentes. Resistem e continuam resistindo ao império que apresenta sinais de decadência logo ali do lado, resistem à anexação do seu território por este país cujo governo torce e conspira conjuntamente com seu aliados cubanos contra-revolucionários para a derrocada da revolução .
O povo cubano, apesar das dificuldades apresentadas, desenvolveu conhecimentos científico e tecnológicos em diversas áreas importantes, educação, biotecnologia e saúde. Desenvolveu um importante setor de turismo, 66% de sua renda nacional está ligada a esse ramo de atividade.
O mundo deve se dar conta que Cuba pode sobreviver ao desaparecimento físico de Fídel, porém, as idéias políticas construída conjuntamente com o revolucionário Che Guevara permanecem e permanecerão como um legado deste país e para o mundo. A “transição” para a democracia burguesa é um mero jogo ideológico do capitalismo e seus acerclas tentam impor ilha, cuja intencionalidade maior é acabar com todo rastilho político que aponte para uma outra filosofia social, uma outra forma de viver, que indique um outro mundo possível fora dos marcos do capitalismo. A síntese dialética se controe nesse momento hitórico de grande desafio para Cuba e para o mundo.
*Veja mais detalhes sobre o embargo no artigo de Altamiro Borges: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=32750

Comentários

Não entendo. Simplesmente não entendo. Se a "síntese solcialista" é uma idéia boa, para que Cuba precisa do dinheiro dos países capitalista? Pra que Cuba precisa de novas tecnologias? Enfim, para que o fim do embargo estadunidense? Para que serve o socialismo? Se prestasse, Cuba não sentiria o embargo da superpotencia mundial.

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