Pular para o conteúdo principal

A partir deste mês pós-graduandos vão receber bolsas com reajuste

 

A partir deste mês, estudantes passam a receber as bolsas de pós-graduação com os valores reajustados. Para os alunos, mesmo com o aumento, o valor é insuficiente para pagar as contas, ter condições de viajar, apresentar trabalhos, comprar livros e se dedicar exclusivamente à pesquisa.


Entidades que atuam no setor pedem melhores condições, mas a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) diz que tem que optar entre aumentar o valor ou a quantidade de bolsas e beneficiar mais estudantes.
A Associação Nacinal dos Pós-Graduandos (ANPG) quer maior valorização das bolsas, cujos reajustes recentes apenas cobriram parte das perdas inflacionárias e não significaram ganho real. Os estudantes reivindicam um índice de reajuste que garanta a constante valorização das bolsas e a diferenciação dos valores por estado, de forma que o que ganham seja suficiente para o sustento nas localidades que escolherem.
O vice-presidente da Regional Centro-Oeste da ANPG, Fábio Borges, diz que o aumento que passam a receber este mês é uma conquista, mas está aquém da necessidade dos estudantes. "Ainda está aquém do que deveria ser a pesquisa e a pós-graduação no Brasil, e o problema se intensifica com as desigualdades do custo de vida em diferentes regiões. Uma coisa é viver em Brasília, outra é viver no Recife e outra no interior do Espírito Santo. As assimetrias regionais deveriam ser consideradas ao se pensar o valor das bolsas".
Segundo o último levantamento, em 2012 foram 77,9 mil bolsas de pós no país ofertadas pela Capes. Somadas ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, foram 127 mil ofertadas em todas as modalidades. Pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foram cerca de 81 mil bolsas oferecidas em todas as modalidades no mesmo ano, de acordo com o Ministério da Educação.
"Temos que escolher entre aumentar o valor e aumentar o número de bolsas. Optamos por aumentar a quantidade de bolsas", disse o presidente da Capes, Jorge Guimarães. De acordo com ele, 79% do orçamento da autarquia vão para o pagamento das bolsas. "A pós-graduação é um investimento pessoal e o governo ainda ajuda. Ser estudante não é profissão. É um investimento durante um período, mas que depois vai levar a muitas compensações, como salários mais altos", explicou.
Guimarães disse ainda que um índice não é uma proposta considerada viável, entre outros motivos, pela dificuldade de se aprovar no Congresso Nacional uma proposta nesse sentido e um orçamento voltado aos reajustes. A diferenciação regional, segundo ele, também não discutida pela Capes. Jorge Guimarães reforçou, no entanto, a importância dessa etapa de ensino: "Ter mais pós-graduados signifca sustentar o desenvolvimento do país com gente mais qualificada. A graduação oferece uma formação mais informativa. Já a pós é formativa, os estudantes estão se preparando para o mercado de trabalho".
Fonte: Agência Brasil

Do Portal Vermelho

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Começo do fim ou leve presságio: a renúncia do Sarney

Pipocam escandalos , um atrás do outro. Sarney de lá, Sarney de cá e nada. A mídia, na figura do PIG (Partido da Impressa Golpista), fustiga Sarney de todas as maneiras. Eu poderia estar satisfeito com tudo isso, pois é o começo do fim de um superpoder que ele acumulou ao ser alçado novamente a presidência do senado pela terceira vez. Muita coisa aconteceu: Roseana foi conduzida ao governo do Maranhão de maneira condenável, por um decisão jurídica através de uma corte política. Uma reflexão veio à tona - é necessário mudar a forma de indicação dessas cortes superiores e intermediárias da justiça brasileira. Retornando ao assunto. Os escândalos do senado que estão na pauta do dia e caem no colo do Sarney , pior é que não fico nem um pouco triste com isso. Então vamos a lista de questionamentos e amplo direito de defesa se o senador quiser publicar nesse modesto blog: a indicação do neto para o gabinete do Senador Epitácio Cafeteira é um caso que poderia se configurar de nepotism

Pretérito imperfeito

“O que é então o tempo? Se ninguém me pergunta, eu sei; se quero explicar a quem pergunta, não sei.” Santo Agostinho, Confissões Cristiano Capovilla* e Fábio Palácio**             O raciocínio em epígrafe expõe a dificuldade da razão ao tratar de um tema caro a todos nós. Vivemos no tempo, mas como conceituá-lo? Para os teólogos, nosso tempo na terra é o fundamento da condenação ou da salvação, quando do julgamento final. Para os filósofos modernos, o tempo virou história, medida das transformações sociais e políticas. Em que pesem as diferenças, ambos concordam em um ponto: o tempo é o critério de avaliação de nossas práticas.              Surge aqui uma vez mais, e sempre, o padre Antônio Vieira. Subvertendo compreensões comuns, maceradas por sua retórica dialética, o Imperador do idioma afirma ser o tempo fugaz e irreversível, algo que “não tem restituição alguma”. O uso diligente do tempo, com a prática das boas obras, é o critério de salvação da alma. Por isso, “o

Os desafios políticos e econômicos do segundo mandato de Dilma Rousseff

Os recentes movimentos da oposição e, juntado a isso o ajuste do capitalismo internacional decorrente da crise cíclica do capital, remete a necessidade de compreender as nuances concretas dos fatos, sob pena de ser atropelado pelo turbilhão de uma direita ainda mais conservadora e inflada como representação parlamentar no congresso nacional, tendo o consórcio midiático oposicionista a seu favor. Este é o nível da batalha ora em curso . Limites e possibilidades Um cenário adverso à continuação do ciclo de desenvolvimento saiu das urnas. O governo Dilma, nesse início de mandato, se depara com os primeiros reflexos da eleição de uma composição congressual de caráter mais conservador e de visão atrasada de país. O conservador Eduardo Cunha foi alçado à presidência da câmara federal. Trata-se da materialização da ameaça sem escaramuças as pautas sociais, bem como o trampolim de ataque a posições do governo ou, ainda, à produção de crises institucionais visando paralisar o Brasil.