
A decisão do dia 11 de junho de 2010 em Brasília demonstra um equívoco inaceitável da direção nacional do PT. Ela é um equívoco pragmático ao esforço conjunto das forças de esquerda que apoiam a candidatura Dilma a presidência da república, pois vende o Maranhão, o Estado depauperado pelo desmando da sua elite por séculos, a chantagem podre dos Sarney pela consolidação da aliança pemedebista. Isto é, uma iguaria degustativa aos chacais do atraso do Maranhão.
Talvez a direção nacional do PT e seus espúrios aceclas locais não saibam. O nosso glorioso estado foi, de certa forma, responsável por manter a integridade territorial do país ao aderir república e não conflagrar a Confederação do equador, que dividiria o Brasil em dois . Nossa história é nobre! O Maranhão não dever ser tratado de qualquer jeito ao ser entregue as moscas, aos comedores de carniça do atraso.
A direção nacional do PT, ao intervir na seção local do partido, desrespeita seus militantes e a necessidade histórica do povo maranhense de se libertar do atraso político-econômico representado pela família Sarney. Essa ação não tem justificativa. O PT maranhense não cometeu nenhum desvio em relação a orientação estatutária nacional do Partido do Trabalhadores para que fosse anulada a decisão em apoio a candidatura a governador de Flávio Dino (PC do B), é inaceitável esse violência.
A candidatura Dino chegou a uma estágio irreversível. Os Sarneys se movimentam freneticamente para que haja enfraquecimento político dessa articulação encabeçada pelo PC do B, PT -agora e talvez não mais oficialmente- e o PSB , pois é onde reside a maior possibilidade de crescimento e ameaça a continuidade do poder dessa família, de sua influência no PMDB e no cenário nacional. Tentam a todo custo impedir que uma nova perspectiva política se construa no Brasil, um PC do B administrando um Estado da federação em conjunto com as forças democráticas mais avançadas do Maranhão. Além do mais, representa a força do simbolismo da transformação do páis ao expurgar a última oligarquia de tipo tradicional ainda existente no Brasil.
Na verdade, os Sarneys tem medo do novo. O confronto com uma candidatura do tipo de Flávio Dino expõe a mais cristalina contradição no espectro político maranhense, a falta de alimentação de novas idéias politicas que possam fazer avançar o estado, um verdadeiro projeto de desenvolvimento, algo que a o oligarquia nunca fez e nem vai fazer, embora tivesse tido a oportunidade de tê-la feito a partir do programa elaborado por Brandeira Tribuzzi, adepto as ideias das reformas de base de Jango. Isto é, o mesmo governo deposto pelo golpe de Estado que Sarney ajudou a suflagar com seu voto.
Em suma, o desespero em arrancar o PT do arco de aliança da candidatura Dino aponta que o caminho está correto. Estamos presenciando a confusão nuclear, os efeitos colateriais da implosão de uma célula cancerígena ao medicamento radioterápico, a metástase da sua destruição. Venham conosco valoroso camaradas do PT maranhense, façam história. Até a vitória!
O câncer precisa ser estirpado. É necessário mobilizar toda a sociedade maranhense para essa batalha de grande envergadura. Os nosso aliados petista tem compreensão da história, sabem que precisam resistir. A carta de Manoel da Conceição denuncia o verdadeiro caráter do sarneísmo. É o momento de viragem política no Maranhão, nunca pensávamos que seria em mar de calmaria, mas de grande ebulição. Sarney sentiu o cheiro da vitória em 1966, ao derrotar o vitorinismo; sente o cheiro da derrota e seu fim com a candidatura Dino, são sentimentos antagônicos e muito parecidos.
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