Caros leitores desse blog.
O processo político no Maranhão está em ebolição. O vídeo abaixo trás à tona reflexões que todo Maranhense deve fazer em relação a sua história, em particular, a história recente. As promessa não cumprida por Sarney são evidentes neste vídeo. Ele para derrotar o Vitorinismo, sob as benesses da ditadura, não rompe com as práticas políticas anteriores, muito pelo contrário, perpetua uma tradição já instalada no Maranhão por séculos.
Com a instalação do golpe de 64, ocorre a eleição por via indireta no congresso nacional do novo presidente. É eleito o general Castelo Branco com voto favorável de Sarney, então deputado federal. Esse evento marca também o enfraquecimento de Vitorino Freire, que votara em Eurico Gaspar Dutra para presidente no colégio eleitoral.
Sarney, após ser eleito governador do Maranhão, torna-se um dos aliados em nível local aos desígnios da ditadura, a mesma que destruiu toda uma possiblidade que as políticas da reformas de base poderia ter trazido caso fossem implementadas.
Com efeito, essa esperança também foi sepultada no canto da sereia que caira Brandeira Tribuzi ao se aliar a Sarney. Tribuzi, este simpático as reformas de base, esboçou um plano de desenvolvimento para o Maranhão, contudo, nunca foi operacionalizado no governo Sarney. As relações com o atraso não davam essa característica devido as alianças com os órfãos do Vitorinismo e as tradições seculares de sua elite .
O governo não tinha capacidade de promover uma "modernização capitalista" num estado já combalido com a hecatombe econômica. A falência de modo de produção escravocrata e atrasado da cultura do algodão e arroz, além da incipiente tentativa de industrialização representam o que o Maranhão já foi um dia. Tais tentativa representavam a contradição fundamental entre as massas e a classe dominante maranhense. Uma elite de "letrados" fidalgos sobre uma população analfabeta e desequipada para contribuir de forma determinante com alguma iniciativa de desenvolvimento econômico. Isto deslocou o Maranhão da dinâmica econômica que se desenvolveu no centro-sul e de estados do nordeste do país.
O governo não tinha capacidade de promover uma "modernização capitalista" num estado já combalido com a hecatombe econômica. A falência de modo de produção escravocrata e atrasado da cultura do algodão e arroz, além da incipiente tentativa de industrialização representam o que o Maranhão já foi um dia. Tais tentativa representavam a contradição fundamental entre as massas e a classe dominante maranhense. Uma elite de "letrados" fidalgos sobre uma população analfabeta e desequipada para contribuir de forma determinante com alguma iniciativa de desenvolvimento econômico. Isto deslocou o Maranhão da dinâmica econômica que se desenvolveu no centro-sul e de estados do nordeste do país.
Sarney apoiou-se em um regime que depôs um presidente legitimamente eleito, João Goulart ou Jango. Tal aspecto político demonstra a relativização de suas posições democráticas. O que percebemos é que muitas promessas desse "Novo Maranhão" que estava em seu lema não foram cumpridas, muito pelo contrário, construiu um cenário para a fundação de mais um império de domínio sobre um povo empobrecido.
Maranhão 66 é daqueles curtas que você tem que ver várias vezes e observar a fossilização do poder das oligarquias. A de Vitorino que foi derrotada por Sarney. Agora, quem derrotará o ciclo oligárquico do Maranhão? O candidato do PC do B, Flávio Dino, tem chance, pois representa no atual momento a única alternativa viável de mudança na política maranhense.
Perguntas que não querem calar. O que o Maranhão ganhou com o ciclo oligárquico sarneísta? E o que mudou de lá pra cá?
Acho que o vídeo nos leva a responder algumas questões.
Comentários
Essas imagens são as mesmas que decoram o interior e a capital do MA até os dias atuais.
Parabéns pelas relações com nossa realidade atual.
Saudações.
Cristiano Capovilla