Pular para o conteúdo principal

A dissuasão através da capacitação científica do Brasil

Recente artigo publicado no Jornal do Brasil, reacende uma polêmica ocultada e esquecida. Segundo o artigo uma revolucionária tese de doutorado produzida no Instituto Militar de Engenharia (IME) do Exército - Simulação numérica de detonações termonucleares em meios Híbridos de fissão-fusão implodidos pela radiação - pelo físico Dalton Ellery Girão Barroso, confirma que o Brasil já tem conhecimento e tecnologia para, se quiser, desenvolver a bomba atômica. "Não precisa fazer a bomba". Basta mostrar que sabe", disse o físico.
Não é de nos impressionar, notícia requentada, mas tem um fundo de verdade em um lado desse história. No período do governo Sarney procurou-se, de certa forma, escamotear a busca da aquisição da capacidade de explodir artefato nuclear pelo país, o campo de teste para esse experimento militar seria um buraco na Serra Cachimbo. No governo Collor, ao saber desse projeto, este literalmente colocou uma pá de cal na questão, desativou o programa. FHC foi mais incisivo na abdicação desse poder estratégico, ratificou o TLP (Tratado de Não-Proliferação de Armamento Nuclear), isto é, o Brasil abdicaria, pelo menos oficialmente, de ter como opção em sua estratégia de defesa o armamento.
Por outro lado, nada impediu que pesquisas sobre o assunto fossem desenvolvida, a liberdade de fazer ciência é fundamental. As atuais pressões externa, em particular vindas dos EUA, não podem impedir que se avance no conhecimento sobre o assunto. A preocupação é a dissuasão que tal conhecimento adquirido pelo Brasil proporciona ao processo de contenção da aproximação física dos EUA das nossas fronteira através da Colômbia e sua quarta frota sobre as cercanias do pré-sal.
A divulgação do estudo do físico Ellery Girão Barroso não deixa de ser um dissuasão no campo científico e uma peça no tabuleiro geopolítico na região. Com a aproximação dessa potência estrangeira torna-se inevitável repensar a estratégia de defesa.
Saiba mais:
América Latina se arma para se defender do Império
Brasil já tem tecnologia para desenvolver bomba atômica- http://www.defesanet.com.br/energia1/nuc.htm
Domínio sobre enriquecimento de urânio reforça preocupação http://www.defesanet.com.br/energia1/nuc_1.htm
Cálculos de brasileiro desvendaram interior de ogiva dos EUA http://www.defesanet.com.br/energia1/nuc_2.htm

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Começo do fim ou leve presságio: a renúncia do Sarney

Pipocam escandalos , um atrás do outro. Sarney de lá, Sarney de cá e nada. A mídia, na figura do PIG (Partido da Impressa Golpista), fustiga Sarney de todas as maneiras. Eu poderia estar satisfeito com tudo isso, pois é o começo do fim de um superpoder que ele acumulou ao ser alçado novamente a presidência do senado pela terceira vez. Muita coisa aconteceu: Roseana foi conduzida ao governo do Maranhão de maneira condenável, por um decisão jurídica através de uma corte política. Uma reflexão veio à tona - é necessário mudar a forma de indicação dessas cortes superiores e intermediárias da justiça brasileira. Retornando ao assunto. Os escândalos do senado que estão na pauta do dia e caem no colo do Sarney , pior é que não fico nem um pouco triste com isso. Então vamos a lista de questionamentos e amplo direito de defesa se o senador quiser publicar nesse modesto blog: a indicação do neto para o gabinete do Senador Epitácio Cafeteira é um caso que poderia se configurar de nepotism

Pretérito imperfeito

“O que é então o tempo? Se ninguém me pergunta, eu sei; se quero explicar a quem pergunta, não sei.” Santo Agostinho, Confissões Cristiano Capovilla* e Fábio Palácio**             O raciocínio em epígrafe expõe a dificuldade da razão ao tratar de um tema caro a todos nós. Vivemos no tempo, mas como conceituá-lo? Para os teólogos, nosso tempo na terra é o fundamento da condenação ou da salvação, quando do julgamento final. Para os filósofos modernos, o tempo virou história, medida das transformações sociais e políticas. Em que pesem as diferenças, ambos concordam em um ponto: o tempo é o critério de avaliação de nossas práticas.              Surge aqui uma vez mais, e sempre, o padre Antônio Vieira. Subvertendo compreensões comuns, maceradas por sua retórica dialética, o Imperador do idioma afirma ser o tempo fugaz e irreversível, algo que “não tem restituição alguma”. O uso diligente do tempo, com a prática das boas obras, é o critério de salvação da alma. Por isso, “o

Os desafios políticos e econômicos do segundo mandato de Dilma Rousseff

Os recentes movimentos da oposição e, juntado a isso o ajuste do capitalismo internacional decorrente da crise cíclica do capital, remete a necessidade de compreender as nuances concretas dos fatos, sob pena de ser atropelado pelo turbilhão de uma direita ainda mais conservadora e inflada como representação parlamentar no congresso nacional, tendo o consórcio midiático oposicionista a seu favor. Este é o nível da batalha ora em curso . Limites e possibilidades Um cenário adverso à continuação do ciclo de desenvolvimento saiu das urnas. O governo Dilma, nesse início de mandato, se depara com os primeiros reflexos da eleição de uma composição congressual de caráter mais conservador e de visão atrasada de país. O conservador Eduardo Cunha foi alçado à presidência da câmara federal. Trata-se da materialização da ameaça sem escaramuças as pautas sociais, bem como o trampolim de ataque a posições do governo ou, ainda, à produção de crises institucionais visando paralisar o Brasil.