
Não é de nos impressionar, notícia requentada, mas tem um fundo de verdade em um lado desse história. No período do governo Sarney procurou-se, de certa forma, escamotear a busca da aquisição da capacidade de explodir artefato nuclear pelo país, o campo de teste para esse experimento militar seria um buraco na Serra Cachimbo. No governo Collor, ao saber desse projeto, este literalmente colocou uma pá de cal na questão, desativou o programa. FHC foi mais incisivo na abdicação desse poder estratégico, ratificou o TLP (Tratado de Não-Proliferação de Armamento Nuclear), isto é, o Brasil abdicaria, pelo menos oficialmente, de ter como opção em sua estratégia de defesa o armamento.
Por outro lado, nada impediu que pesquisas sobre o assunto fossem desenvolvida, a liberdade de fazer ciência é fundamental. As atuais pressões externa, em particular vindas dos EUA, não podem impedir que se avance no conhecimento sobre o assunto. A preocupação é a dissuasão que tal conhecimento adquirido pelo Brasil proporciona ao processo de contenção da aproximação física dos EUA das nossas fronteira através da Colômbia e sua quarta frota sobre as cercanias do pré-sal.
A divulgação do estudo do físico Ellery Girão Barroso não deixa de ser um dissuasão no campo científico e uma peça no tabuleiro geopolítico na região. Com a aproximação dessa potência estrangeira torna-se inevitável repensar a estratégia de defesa.
Saiba mais:
América Latina se arma para se defender do Império
Brasil já tem tecnologia para desenvolver bomba atômica- http://www.defesanet.com.br/energia1/nuc.htm
Domínio sobre enriquecimento de urânio reforça preocupação http://www.defesanet.com.br/energia1/nuc_1.htm
Cálculos de brasileiro desvendaram interior de ogiva dos EUA http://www.defesanet.com.br/energia1/nuc_2.htm
Artigo de José Luis Fiori, Da guerra: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16141
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