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Reflexões sobre a economia brasileira - Para entender o jogo da Economia

Autor: Luis Nassif A divulgação do "pibinho" produziu curtos circuitos variados nos analistas. E abre uma bela discussão sobre o futuro da economia. Não se tenha dúvida: 2013 será um ano decisivo para o país. Eu disse para o país, não especialmente para o governo Dilma ou para as eleições de 2014. Mudanças de paradigma são tão complexas e envolvem tantos riscos políticos que só ocorrem em ambientes de crise profunda ou em regimes autoritários. Tenta-se, agora, a primeira mudança de paradigma em regime democrático e sem a crise como fator de reforço. E não é pouca coisa. Trata-se da mudança mais relevante da economia brasileira desde o desmonte do modelo militar pelo governo Fernando Collor – que acabou devorado pela pressa em conduzir as ações, descuidando-se da estratégia política. Depois dele, entraram FHC – que se limitou a manter as bases do que Collor desenhou – e Lula, que manteve o establishment econômico, enquanto as políticas sociais prosperavam. A crise ...

Economia Brasileira - Dívida líquida do setor público cai para 35% do PIB

  A dívida líquida do setor público (DLSP) somou R$ 1,535 trilhão no final de novembro, o que corresponde a 35% do Produto Interno Bruto (PIB), calculado em R$ 4,381 trilhões, de acordo com Relatório de Política Fiscal apresentado nesta sexta-feira (28) pelo chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, Túlio Maciel. Túlio Maciel, do Banco Central Em termos nominais, a dívida líquida soma R$ 27 bilhões a mais do que no final do ano passado, mas naquela época ela equivalia a 36,4% do PIB. Este percentual foi caindo ao longo de 2012 como reflexo, principalmente, da redução da taxa básica de juros (Selic), disse Maciel. Em relação a outubro, quando a dívida líquida era R$ 1,541 trilhão (35,4% do PIB), ele disse que a desvalorização cambial ocorrida em novembro contribuiu para reduzir a dívida em R$ 25,2 bilhões, equivalentes a 0,6 ponto percentual do PIB. De acordo com Túlio Maciel, a queda de 1,4 ponto percentual na relação dívida/PIB no ano é resultado também da desv...

As teorias sobre religião e política

As teorias sobre religião e política Enviado por luisnassif, sab, 29/12/2012 - 13:53 Por ANTONIO ATEU Do Resistir.info As crises religiosas e sociais e suas consequências políticas por James Petras A longa década de abertura do século XXI (2000-2012) tem sido um período de repetidas e profundas crises económicas e sociais, de guerras em série e prolongadas e de queda dos níveis de vida para a grande maioria dos americanos. Como é que as pessoas reagiram a estas crises?  Não surgiu nenhum movimento em grande escala, de longa duração, para desafiar as classes dominantes bipartidárias. Durante um breve momento, o movimento "Occupy Wall Street" proporcionou uma plataforma para denunciar os 1% super-ricos mas depois desapareceu da memória.  Coloca-se a questão de se, no meio de prolongados tempos difíceis, as pessoas se viram para a religião como solução, como uma saída para a piedade espiritual. A questão que este artigo aborda é se a religião se tornou no 'ó...

FHC pegou carona em livro de Marini para formular teoria |

FHC pegou carona em livro de Marini para formular teoria Enviado por luisnassif, dom, 23/12/2012 - 12:03 Da Carta Capital ‘FHC plagiou intelectuais banidos pela ditadura’, por Gianni Carta Censurado. Ouriques considerou FHC um liberal a serviço dos Estados Unidos. Foto: Débora Klempous Foram necessários 43 anos para que Subdesenvolvimento e Revolução , do mineiro Ruy Mauro Marini, desse o ar da graça no Brasil. Publicada pela primeira vez no México em 1969, a obra clássica do marxismo brasileiro ganhou edições em diversos países, inclusive naqueles da América Latina a viver sob o jugo de ditaduras. O que nos leva a perguntar: por que tanto tempo para se reconhecer um grande intelectual brasileiro? Marini (1932-1998), presidente da Política Operária (Polop) e autor de Dialética e Dependência , passou 20 anos no exílio a partir do golpe de 1964. Professor no México e no Chile, onde dirigiu o Movimento de Izquierda Revolucionária (MIR), ele não era, é óbvio, bem-vindo pela...

A tirania da maioria eventual e a eleição antidemocrática da representação dos pós-graduandos nos conselhos superiores da UnB encaminhada pela atual gestão da APG

  A tirania da maioria é um dilema enfrentado por uma democracia quando os interesses de minorias são consistentemente obstaculizados por uma maioria eleitoral. Recomendam os teóricos que uma das formas mais comuns de se evitar a tirania por parte de parcelas majoritárias de uma sociedade é criar cláusulas constitucionais e utilizar sistemas eleitorais elaborados com a preocupação de evitá-la. A expressão "tirania da maioria" é atribuída tanto a John Stuart Mill em “Da liberdade” e a Alexis de Tocqueville em “Democracia na América”. O conceito foi mencionado por James Madison (quarto presidente dos Estados Unidos da América) nos Artigos federalistas, malgrado não tenha usado a expressão. Bom, e o que tem a ver com a questão da APG/unB? No dia 17/12/2012 houve uma assembleia de pós-graduand@s para debatermos e votarmos a indicação dos representantes dos pós-graduandos nos diversos conselhos que temos assento. Lá supostamente poderíamos inscrever chapa...

Haroldo Lima: O risco da primeira crise institucional séria

  Foto Nelson Jr., SCO/STF Risco de choque institucional por Haroldo Lima Não se sabe até onde nos levará o julgamento do chamado “mensalão”. Contando com estridente respaldo da mídia, granjeou simpatia da população, da sua camada média, de parcela das elites. Mas o Supremo Tribunal Federal, que o protagonizou, tem pela frente interrogações constrangedoras: o mensalão do PSDB foi anterior ao do PT, por que o do PT foi julgado antes?. O julgamento foi marcado para as vésperas de eleições municipais, e assim influenciou-as. Houve condenações sem provas, a partir da introdução, no curso do julgamento, do novo critério do “domínio do fato”. Na verdade, o Supremo capitulou a vulgarizações que o diminuíram: o Relator do Processo, Ministro Joaquim Barbosa, mostrou-se vaidoso, irritadiço, descortês para com seus pares e portou-se como um Promotor, não como um Juiz; o Revisor do Processo, Ministro Ricardo Lewandowski, apesar da coragem de levantar o contraditório em ambiente avesso a es...

Como a turma do MIT dominou 3/4 do PIB mundial

Enviado por luisnassif, sex, 14/12/2012 - 19:27 Do The Wall Street Journal, no Valor Os bastidores de uma aposta arriscada dos bancos centrais Por JON HILSENRATH e BRIAN BLACKSTONE de Basileia A cada dois meses, mais de dez banqueiros centrais se encontram aqui no domingo à noite para conversar e jantar no 18o andar de um edifício cilíndrico com vista para o Reno. À mesa estão os chefes dos maiores bancos centrais do mundo, representando países que produzem anualmente mais de US$ 51 trilhões de produto interno bruto, ou seja, três quartos da produção econômica mundial. Suas conversas têm se concentrado nos problemas econômicos globais e nas medidas dos BCs para gerir a economia. Desde 2007, os BCs inundaram o sistema financeiro mundial com mais de US$ 11 trilhões. Diante de recuperações frágeis e dos problemas econômicos que fervem na Europa, o esforço se acelerou. Os maiores BCs planejam injetar mais bilhões de dólares na economia, investindo em títulos soberanos, hipotecas e...