Caros leitores
Esta matéria foi extraída do blog do Nassif.
Diante de tantas uruburagem sobre o potencial atual do Brasil, Waldyr Kopezky, jornalista responsável da Revista AutoMOTIVO, reproduz no Blog do Nassif matéria produzida em em nov/08 na seção Painel da referida publicação. Nela, vocês verão que o Brasil JÁ POSSUI uma indústria automotiva nacional. Só que não interessa ao empresariado (sempre ele!) emplacar um “brand” nativo, relata o jornalista. Leiam:
A força do empresariado brasileiro
Você lembra da Souza Ramos? Sim, aquela empresa que adaptava as pickups Ford (fazia kits para fechar, ou transformava em cabine dupla) nos anos 80. Pois é, hoje Eduardo Souza Ramos - ao lado de Paulo Ferraz - são os responsáveis pela produção da Mitsubishi no Brasil. O País é o sétimo maior mercado para a montadora, que tem 1,3% do mercado nacional e deve registrar, este ano, crescimento de 48%. ‘Apesar de toda essa crise mundial, nossa política para o Brasil não muda’, disse Osamu Masuko, presidente mundial da empresa, na primeira visita de um presidente da empresa ao País.
O passeio, na verdade um deslocamento entre reuniões nos três dias de visita, feito em uma Pajero flex, cujo motor foi desenvolvido aqui. A Mitsubishi Brasil fabrica apenas os utilitários esportivos Pajero Sport e TR4 e as picapes Triton e L200, mas desenvolveu toda a tecnologia flex para eles. ‘Foi um grande trunfo para nós desenvolver esse motor. Isso está abrindo mercado para nós na Europa’, afirmou Masuko, que visitou ainda a fábrica em Catalão, Goiás. ‘O modelo flex que teremos na Europa não terá a mesma tecnologia, mas a engenharia básica e o método de desenvolvimento brasileiro serão aproveitados’.”
Deixa eu explicar o desenrolar dos eventos que a matéria cobriu, mas não pôde expor, porque foi baseada em depoimentos não-oficiais:
A Mitsubishi Brasil - como tantas outras montadoras daqui - não é japonesa. É um franchising. E isso é mais comum do que parece. Dois empresários brasileiros são donos dela, e eles vinham sinalizando à matriz (que apenas gerencia marca e projeto) que o crescimento em nosso mercado dependia, fundamentalmente, de um desenvolvimento de carros com motor flex, o que os japoneses se recusavam a fazer, terminantemente.
Ora, o que os empresários brasileiros fizeram? Desenvolveram ELES MESMOS, aqui no Brasil, os motores Mitsubisho com tal tecnologia e puseram os veículos no mercado. Os japoneses ficaram fulos e, pela primeira vez, falaram seriamente em terminar a relação.
O que os brasileiros fizeram? Esta é a parte engraçada!
Eles entraram em negociação com a Suzuki (creio que outras japonesas tamb´me falaram com eles, mas não há confirmação) e se prepararam para “saltar fora” da Mitsubishi.
Os japoneses entraram em pânico, pois o “blefe” da matriz foi tratado como ameaça séria e respondido com inteligência, desprendimento e um jogo de cintura muito grande, típico dos brasileiros. Pois bem, o presidente da montadora (que nunca havia estado em nosso País) veio para cá às pressas, aceitou o carro flex (até passeou nele!) e ratificou a relação com os empresários. Este é nosso nível de eficiência! Que fique bem claro: o governo não precisa montar nada! O empresariado brasileiro JÁ POSSUI know-how, traquejo e experiência para fabricar carros (ninguém lembra da FNM?). O resto é conversa! ABs.
O passeio, na verdade um deslocamento entre reuniões nos três dias de visita, feito em uma Pajero flex, cujo motor foi desenvolvido aqui. A Mitsubishi Brasil fabrica apenas os utilitários esportivos Pajero Sport e TR4 e as picapes Triton e L200, mas desenvolveu toda a tecnologia flex para eles. ‘Foi um grande trunfo para nós desenvolver esse motor. Isso está abrindo mercado para nós na Europa’, afirmou Masuko, que visitou ainda a fábrica em Catalão, Goiás. ‘O modelo flex que teremos na Europa não terá a mesma tecnologia, mas a engenharia básica e o método de desenvolvimento brasileiro serão aproveitados’.”
Deixa eu explicar o desenrolar dos eventos que a matéria cobriu, mas não pôde expor, porque foi baseada em depoimentos não-oficiais:
A Mitsubishi Brasil - como tantas outras montadoras daqui - não é japonesa. É um franchising. E isso é mais comum do que parece. Dois empresários brasileiros são donos dela, e eles vinham sinalizando à matriz (que apenas gerencia marca e projeto) que o crescimento em nosso mercado dependia, fundamentalmente, de um desenvolvimento de carros com motor flex, o que os japoneses se recusavam a fazer, terminantemente.
Ora, o que os empresários brasileiros fizeram? Desenvolveram ELES MESMOS, aqui no Brasil, os motores Mitsubisho com tal tecnologia e puseram os veículos no mercado. Os japoneses ficaram fulos e, pela primeira vez, falaram seriamente em terminar a relação.
O que os brasileiros fizeram? Esta é a parte engraçada!
Eles entraram em negociação com a Suzuki (creio que outras japonesas tamb´me falaram com eles, mas não há confirmação) e se prepararam para “saltar fora” da Mitsubishi.
Os japoneses entraram em pânico, pois o “blefe” da matriz foi tratado como ameaça séria e respondido com inteligência, desprendimento e um jogo de cintura muito grande, típico dos brasileiros. Pois bem, o presidente da montadora (que nunca havia estado em nosso País) veio para cá às pressas, aceitou o carro flex (até passeou nele!) e ratificou a relação com os empresários. Este é nosso nível de eficiência! Que fique bem claro: o governo não precisa montar nada! O empresariado brasileiro JÁ POSSUI know-how, traquejo e experiência para fabricar carros (ninguém lembra da FNM?). O resto é conversa! ABs.
Por Gustavo
Nassif,
Para quem acha que o Brasil não pode desenvolver carros, o presidente da GM Brasil mostra que isso não é verdade. Veja o que ele disse:
“Ardila descartou que a venda da Opel, braço europeu da montadora, possa significar uma perda de transferência tecnológica para as operações locais. “A maioria dos nossos produtos vem do Brasil. É importante dizer que temos um dos mais avançados centros de tecnologia do mundo, com mais de 1,2 mil engenheiros e 300 designers que estão desenvolvendo nossos produtos”, afirmou.
Historicamente, a maioria dos carros da GM que circula no Brasil é baseada em modelos europeus produzidos pela Opel e não da subsidiária americana, como é o caso, por exemplo, do Corsa. Mas Ardila lembrou que há modelos, como o Meriva, que foram projetados no Brasil e depois exportados para outros mercados. “Já não existe mais produto europeu, americano ou brasileiro e sim processo de desenvolvimento que é mundial. O Brasil tem responsabilidade global por vários modelos”, disse.
Ardila ressaltou que o Brasil vendeu, nos últimos três anos, US$ 430 milhões em serviços tecnológicos (engenharia e design) para unidades de fora da GM, dos quais US$ 165 milhões foram recebidos apenas no ano passado. Ele garantiu que, neste período, a brasileira não comprou serviços tecnológicos da GM. “Não pagamos para a GM, nos últimos três anos, por tecnologia e isso não vai mudar”, afirmou.”http://jcrs.uol.com.br/noticias.aspx?pCodigoNoticia=13092&pCodigoArea=33
Por Marcus Netto
Amigo Gustavo , me descukpe mas os Chineses não tem a tecnologia das Baterias de Litio para mover veículos Híbridos . Eles estão comprando esta tecnologia . Não acredito que a Weg também tenha . A Degussa Brasil seria a única capaz de participar na fabricação das Células de Lítio mas faltam ainda vários pontos a serem costurados . Por exemplo : Falta suprimento de Cobalto e Litio para montarmos esta fábrica no Brasil . Os 100 milhões de Dólares que eu mencionei de investimento no post anterior é suficiente apenas para fabricar algo em torno de 10 milhões de Células de Lítio o que significa gerar energia para apenas 30. mill veículos Híbridos com 200 Cavalos de Força . Para movimentar uma frota bem maior os investimentos seriam bem mais substanciais . Temos ainda o problema dos custos . Hoje os custo em fabricar um Veículo Híbrido tipo ônibus é de 100 Mil Dólares somente para a unidade de Baterias com um ciclo de recarga de 2.000 vezes e uma autonmia de 60.000 Kilômetros rodados . O desafio é grande , eu acredito nisso , inclusive trabalho dirigindo este projeto na China mas o desafio no Brasil ainda está bem grande para atingirmos esta competitividade . Confio nisso mas faltam investidores com apetite no Brasil.
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